sexta-feira, 9 de setembro de 2011

In The Mirror


Olho-me ao espelho, deleito-me no reflexo, no reflexo desse alguém que um dia deixou fugir a existência que tinha nas mãos.
Esse alguém que agora não passa duma miragem de um passado inacabado e de um futuro cativante. Deixei escorregar esse alguém sem pensar uma vez em voltá-lo a apanhar. Esse alguém que cuja vida agora o fascina, esse alguém cujo o amor lhe suscita vida e apazigua a mágoa. Esse alguém que hoje não é ninguém sem ti.
O relógio toca solenemente dentro dos meus ouvidos como do bater do coração se tratasse. As baladas começam a fazer sentido, começam a relembrar-me de que é hora de partir, hora de deixar esta sequência de sensações que teima em suscitar em mim.
É hora de erguer o nosso tempo, erguer o tempo em que somos nós os reis do nosso mundo, o tempo em que não importa se os outros compreendem, se aceitam, se acham ético ou correcto, pois este é o nosso tempo de glória e vou dançar com ele, num mundo que é teu, que é meu, que é nosso.

8 comentários:

  1. Lindo mesmo (volto a dizer que a tua maneira de escrever fascina-me!).
    E sim,concordo com o que disseste. Temos de esquecer os pensamentos menos bons (assim como experiências menos boas) e seguir em frente.
    A vida deve ser aproveitada ao viver o presente,e não pensar no que fizemos no passado.

    beijinho

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  2. Está muito bonito este texto!
    Tens uma capacidade de manifestar os teus sentimentos de uma forma muito artística! Gostei muito do que li!!!
    Estou sem cabeça para mais! Mas espero voltar cá para acabar o comentário...
    Beijinhos!!!

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  3. escreves incrivelmente bem ! adorei ! bjs fofinha

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  4. Parti: http://voucontarteumsegredo-s.blogspot.com/

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  5. Demorei imenso tempo a passar novamente por aqui para comentar o teu post...
    Sabes... do que escrevi anteriormente, sinceramente não sei o que escreva mais! Está mesmo muito bonito! Tanto que até tenho algum receio de afirmar que me revejo em parte nele... (não sei mereço estar ligado a algo assim tão belo como teu texto!)
    Consegues transmitir (pelo menos a mim) um sentimento de calma, serenidade e necessidade já assumida de mudança...
    (Tenho é pena não ter conseguido retirar mais coisas do teu texto, apesar de o ter lido mais do que uma vez... Acho que não ando de mente muito aberta!)

    De certeza que terás as tuas razões para não andar a colocar mais texto aqui (andarás ocupada certamente!)
    Mas cá estarei para os ler assim que os possas colocar!
    Beijinhos e até à próxima!

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