Sinto
constantemente que estou a viver algo que não é meu, um caminho que não devo
seguir mas que de alguma forma que me
suplica para ir ao encontro dele. Deleito-me sempre sobre o mesmo sentimento de
querer fazer algo mais, mas as pernas pesam, o corpo dói e alma está
desgastada. Há momentos em que não sinto
força para me levantar, para erguer esta misera criatura que de mim se
apoderou, há momentos em que peço ao tempo que me dê alento para procurar o
trilho com a resposta certa e não empurrar-me para o incorrecto. A resposta
está em nós, disso estou ciente, mas já não há corpo que aguente esta dor que
cresce quente e me afasta de tudo aquilo em que nós cessou.
Já não há chão que suporte a quedas a que me
sujeito, nem coração latente que aguente o amor no qual me deleito.