segunda-feira, 27 de setembro de 2010

A morte

Ninguém espera a morte, ninguém espera que ela apareça, limitamo-nos a pensar que ela demora anos e anos a aparecer, por norma só quando somos ‘’velhos’’, mas enganamo-nos, enganamo-nos todos. Ela aparece da maneira mais cruel que se pode imaginar. De repente e com uma bola de dor atrás dela. Depois, tudo o que sonhamos, tudo o que construímos na nossa mente, os nossos sonhos mais doces, tudo voa, e não volta mais.

Ficamos partidos, ficamos sem ar, ficamos asfixiados com a noticia, e por uns dias não acreditamos no que aconteceu, no que se passou, pq simplesmente queríamos acordar desse pesadelo e nunca mais voltar a tê-lo. Depois aparece a esperança juntamente com o querer acordar. Destruída por factos confirmados, por noticias verdadeiras. Não dá para explicar, tentamos mas não conseguimos, é inexplicável, é doloroso, a dor é desnorteante. Tentamos música, amigos, primos, tudo o que nos faça esquecer por momentos. Por vezes conseguimos só que é só por momentos, pq o buraco está lá. Outras vezes quando tentamos divertirmo-nos há sempre alguém ou alguma coisa que nos faz lembrar… Que nos faz pensar… Quem nos leva ao altar?... Pensamos no que podíamos ter feito…

Perdemos todos os sinais.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Iguais

Em cada gesto perdido, tu és igual a mim, em cada ferida que sara, escondida do mundo, eu sou igual a ti.  Em cada grito afundado, eu sou igual a ti, de cada vez que a tremura desata o desejo, tu és igual a mim.