segunda-feira, 30 de maio de 2011

Agora sou eu, mas melhor

Mergulhada em profundos sonhos ilícitos e intermináveis, assim eu desperto para o novo rumo que em mim renasce e que outrora estava adormecido.
Exíguas quimeras transformam-se na realidade corpórea absolvida de sorrisos, tentando descodificar a autenticidade do meu coração. 
Aquecida em lençóis de afecções e tocada de novas sensibilidades, assim eu dou cor ao meu mundo conturbado de comoções esporádicas que tentam manter em mim um pulsar quase que genial, fazendo-me muitas vezes atirar borda fora da bolha onde me encontro, fazendo-me sentir a brisa, fazendo-me sentir eu, mas melhor.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Meros desabafos

Preciso navegar daqui para outro mundo, precisso arrumar sentimentos, esquecer emoções, demandar novos objectivos, necessito ouvir as minhas sensações que foram abafadas devido á abundância de energia que me corre nas veias e que é diariamente desperdiçada.
Preciso de salvar uma vida, preciso de salvar a minha vida, preciso de me salvar dos meus sentimentos acalorados, das sensações ilícitas, das palavras brotadas em dias menos reluzentes, do meu diamante lapidado rodeado por plasma, preciso de esquecer o cheiro entranhado nos poros do meu corpo, os choros sádicos que começam agora a reinar em mim.
Preciso, necessito, quero, fugir. de mim

domingo, 15 de maio de 2011

Nothing can change the death

Bem me recordo do dia, do dia em que me apercebi de que os milagres não existem, no dia em que tu desapareceste e tudo o que me restou foi uma grande dor, naquele dia esqueci tudo e todos, naquele dia parte de mim desmoronou e jamais se voltará a erguer.
Só queria fugir, só queria desaparecer, só queria morrer também, não imaginava a minha vida sem ti, não imaginava o resto da minha vida sem te voltar a ver.
Ao saber a notícia reinou em mim o maior sentimento de impotência que alguma vez senti, reinou em mim a angústia, reinou em mim a tristeza inacabável.
Começas a gaguejar, até se apoderar de ti a esperança de ser uma total mentira, a esperança é a única coisa que te resta. Aí esperas um milagre, um milagre que nunca aparece, aí que é quando mais precisas dele, é quando davas tudo para o ter, todavia ele não aparece.
Naquele momento pensas que já nem os amigos te valem, ou melhor, não pensas, perdes todos os sentidos, e a tua vida torna-se numa enorme questão.
O teu coração desfaz-se em mil pedaços, assim como o que restava de ti.
Não têm a mínima noção do que é saber que uma das pessoas que vos fez vir ao mundo, uma das pessoas que mais amavam está neste preciso momento num caixão, debaixo de terra, não têm noção do quão asfixiante que é, só quem passa é que sabe.
De repente, naquele momento senti muito frio, tremia incontrolavelmente, os dentes batiam e as lágrimas corriam pela cara a baixo, o meu coração congelou. É impossível descrever correctamente o que senti naquele momento. Nunca ninguém me disse que era fácil, mas também ninguém me disse que era tão difícil.
Ao explorar conversas antigas as lágrimas criam-se nos meus olhos e não as consigo conter por muito tempo. Com o passar do tempo a vontade de gritar aumenta, mas não vai mudar rigorosamente nada, a dor permanecerá.
Está quase a fazer um ano e ainda nem bem acredito, não acredito como a vida pode ser tão madrasta e tirar assim a vida a uma pessoa, como num momento temos tudo e no outro segundo já não temos nada e o nosso mundo rui, o nosso coração explode e a nossa alma eleva-se.
Não me imagino daqui a uns anos no dia do meu casamento, alguém me acompanhar até ao altar sem seres tu, não me imagino a mostrar fotos do avô aos meus filhos como sendo tu apenas uma memória, sim porque não estás cá.
Pergunto-me o que te passou pela cabeça naquela manhã, naquele momento, naquele segundo.
Há momentos em que não sei se o que aconteceu me está a fazer mais forte ou a matar-me, porque cada dia que passa a saudade aumenta, a dor não parece atenuar, e a chama na minha garganta inflama sendo quase impossível respirar.
Só te queria poder ver mais uma vez, poder-te tocar, abraçar, deixar-me tomar nos teus braços e neles permanecer mesmo que por segundos, queria poder-te dizer o quanto gosto de ti e o quanto preciso de ti, aqui ao meu lado, na minha vida.
Ás vezes olho para o telemóvel e penso em ligar-te, mas sei que não estarás lá…
O meu sonho estava a aproximar-se… Só faltavam dois meses, dois míseros meses, e do nada desapareceste…
Não há dia em que não chore, não há dia em que não grite por ti, não há dia em que não implore para acordar deste pesadelo, mas nada te trás de volta, e acabo por me sentir impotente, sem saber mais o que fazer.
Não tens noção do quão preciso de ti aqui ao meu lado.
No ar ficará a pergunta se algum dia me irás ver… Dizem que eles estão sempre connosco e que se orgulham de nós e eu gosto de acreditar nisso, mas a verdade é que não te consigo ver…Não te consigo ver…
Eu sinceramente não sei como consegui, eu sinceramente não sei como ainda hoje consigo conviver com a realidade de que foste e não voltas, não sei como consigo. Todos os dias quando acordo sinto aquela dor desmedida que me vai atormentando até me fazer expelir, todos os dias há um sorriso que nas minhas faces emerge, é quase como que uma luta que faço todos os dias, uma luta que se baseia em ser feliz.
A vida é a coisa mais frágil que existe, nunca sabemos quando termina, por isso sorri, aproveita-a enquanto podes, sim porque tu podes porque estás vivo e tens uma vida pela frente. Por quanto tempo? Incerto.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Emoção frenética

Esta emoção frenética continua incessante em mim, porém já nem sei se lhe posso chamar de exígua devida á sua verdadeira essência, á sua autêntica elucidação. Esta emoção faz-me entrar em tremeliques quase celestiais tragando-me para uma escuridão cristalina de sensações ilícitas.
Dou por mim a garimpar estrelas, dou por mim a perguntar se esta emoção será infindável, se irá corroer-me o peito como outrora, se será uma mera emoção banal, ou se irei entrar num choro sádico e inflamável que me fará entrar em nostalgia.
 Na noite despida de obstáculos ínfimos e esporádicos reconheço que hoje sou a estrela que ensinaste a voar.

sábado, 7 de maio de 2011

Navegando

Rodeada pelo desconhecido navego nas estradas da vida que me seduz, desvendando mistérios, demandando respostas, aclarando questões, esculpindo sentimentos, compondo harmonias, debelando a melancolia diária.
Contornando os ilícitos sentimentos, transformando as certezas ilusórias em realidade corpórea, assim vou sorrindo para as oscilações que me circundam, e que me fazem transbordar em emoções frenéticas, fazendo-me redigir mais um fólio da minha vida.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Vive

Um dia vais perceber, um dia vais perceber que o tempo escasseia, que a sorte é incerta, que a vida é frágil, vais perceber que nada é certo, nada te é dado sem mais nem menos, tens que lutar pelo que realmente queres, vais perceber que as pessoas são tomadas de ti muito depressa e que não disseste tudo o que querias, vais-te aperceber das palavras e momentos que ficaram para trás perdidos no tempo, desperdiçados, vais perceber que a vida de criança era muito mais fácil, a idade da ignorância, em que a brincadeira reinava assim como a felicidade a encobri-la, vais perceber que foram as feridas que ficaram no teu coração, as cicatrizes, as quedas, os tropeções que fizeram de ti quem és hoje, por isso pára! Pára de te queixares, pára de te lamentar de cada coisa menos positiva que passa na tua vida, pára de fazer de tudo um bicho-de-sete-cabeças, uma tempestade num copo de água, vive a vida que tens, aproveita-a enquanto é tempo, grita, guincha, faz figuras e ri-te até caíres para o lado, não tenhas receio do que os outros pensem, faz a diferença! Marca a diferença!
É altura de cometer erros, é altura de arriscar, ir á luta, é altura de ser feliz.
Esquece o ontem, o amanhã não existe, só tens o hoje e agora, vive-o!