quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Speechless




É complicado de expressar.
Expressar o que não se conhece, o que nunca se sentiu outrora, expressar o que na verdade sentimos mas não sabemos.
É mais fácil sentir. Fechar os olhos e entregarmos o eu ao tu e meramente sentir, sem complicações, sem rótulos.
Todavia, é necessário pensar, reflectir e interiorizar o que de exterior nos toca, numa tentativa de compreender, numa tentativa de nos compreendermos.
O problema é quando não nos conseguimos compreender, quando as palavras são demais mas não são as correctas, quando o que sentimos vai para além do que queríamos e para além do que conseguimos explicar.
Não há vida sem isto : sem complicações, sem que o nosso coração ande a cem e a cabeça a mil e sem conseguirmos verbalizar aquilo que sentimos e que pensamos.
Há que levantar os medos, sugar a esperança, implementar a alegria, engrandecer a bonança, e nunca mas nunca esquecermos quem somos, daquilo que queremos e daquilo que um dia pretendemos atingir, e quando um dia tudo parecer  ter um fim, olha-me nos olhos, pega-me nas mãos, e leva-me para o mundo onde reina o que ainda há de nascer, para o mundo onde tudo renasce do nada e se torna no tudo : o nosso coração.