Libertador.
Esta é a palavra de hoje.
Como é bom
escrever-te, escrever para ti, escrever para mim e para nós. Como é bom reviver
contos e escritos onde nos acabamos sempre por nos cruzar.
A verdade é
que por mais voltas que a vida dê acabamos por permanecer exactamente onde deveríamos.
A vida é um
caminho perfeitamente imperfeito e dentro dele temos de lutar por nós, caso contrário somos
consumidos e estaremos perdidos para sempre. E não é isso que quero para ti.
Se tu
soubesses o que eu dava para tirar tudo isso, toda essa mágoa e dor que teima
em permanecer, se pudesse fazer com que fosse eu a abarcar com tudo, assim faria,
sem hesitar.
É impotente
não poder fazer nada, saber que por mais que faça não é suficiente. Há coisas
que nos ultrapassam e com as quais temos de aprender a lidar, mas a verdade é
que nunca aprendemos a lidar com o sofrimento de alguém que tanto amamos e que
tanto queremos ver bem.
O tempo
passa, e eu continuo aqui tal e qual como no início, a teu lado, sem julgamentos
e sempre caminhando contigo com uma enorme vontade de te ajudar e de te ver
bem. Posso às vezes não ser a melhor companhia mas de uma coisa poderás ter
certeza, nunca estarás só. Sabes onde me encontrar, porque na verdade, eu nunca
fui embora, e se fechares os olhos decerto que me encontrarás bem pertinho de
ti. Há coisas que não se explicam, e a verdade é que essas são as melhores. O
amor é mais bonito quando não tem definição.
Desculpa se
não é suficiente, se por mais que tente acabe por não te fazer sentir tão bem
como querias, mas a verdade é que há batalhas que são tão nossas que por mais
que alguém tente ajudar, temos de ser nós a enfrentar o que se avizinha, temos
de ser nós a ter a força de levantar a cabeça e seguir em frente e encontrar dentro
de nós as respostas que precisamos para podermos ser felizes, à nossa maneira.
«Por ti,
enfrento o mundo com uma mão pois sei que me estás a segurar a outra» Lembraste?